NOTA: Eu ofereço estes artigos como forma de familiarização com os trânsitos astrológicos e as cartas do Tarot. Mas não deixam de ser interpretações gerais, para o coletivo. Por isso, não é possível determinar o impacto individual e ganham contornos mais abstratos.

Se quiserem compreender estas questõe a um nível pessoal marquem uma consulta de TAROT ou de ASTAROT, comigo. Saibam mais neste link. Aniversariantes de maio têm desconto de 10%. Código: maio10.

Sobre os trânsitos desta semana e de todo o mês de Abril, podem ler https://sandrabettencourt.substack.com/p/a-astrologia-de-abril-now-i-know

Astrologia da Semana

  • Sol em Touro em Quadratura a Marte em Leão

  • Vénus Conjunta a Saturno em Peixes

  • Lua Nova em Touro

Tiragem da Semana

  • 2 de Paus

  • 5 de Espadas

  • 9 de Paus

Baralho: Movie Tarot, Natalie Foss and Diana McMahon Collis

Feliz meio da semana!

Esta semana marca um ponto de tensão e, consequente, transição. As cartas tiradas, 2 de Paus, 5 de Espadas e 9 de Paus, oferecem um arco narrativo claro: impulso, contração e superação. Quando cruzadas com os trânsitos celestes, percebemos que não estamos só a falar de vontades internas, mas de temas profundamente coletivos: segurança, justiça, recursos, expressão individual e liberdade.

2 de Paus

Marte em Carneiro | Fogo Cardinal

Começamos com um desejo de partir, de tomar iniciativa, típico da energia cardinal de Marte em Carneiro. A vontade e a inspiração são reais e urgentes, mas encontra na resistência solar: o Sol em Touro em quadratura a Marte em Leão que foi exata na segunda feira. Esta configuração fala da fricção entre o que queremos fazer e os limites que o corpo, o tempo ou a realidade nos impõem. Uma impulsividade que encontra obstáculos na própria vitalidade e expressão, talvez uma sensação de cansaço, de exaustão, como se o pavio que alimenta a chama das ações se esteja a esgotar (na segunda-feira houve realmente uma chama que se apagou e que era simbólica de uma energia para uma determinada coletividade; e Fogo é um elemento também relacionado com a espiritualidade).

Como o sol que se põe no horizonte da carta, sentimos que a luz ainda brilha, mas os nossos recursos estão em rutura, um esgotamento da energia apesar da motivação e da vontade ainda serem muito sentidas. Talvez sejam os limites da inspiração e da imaginação (os 2 paus que configuram um enquadramento) que não estão a ser capazes de acomodar a energia total e potencial (o Sol no horizonte).

No mesmo dia, a Lua encontrava-se em Quarto Minguante em Aquário (signo de Ar Fixo) acentua esta sensação de desgaste e de obstáculo racional e objetivo, de que ideias, noções e formas de comunicação não abdicamos? Como é que elas impedem uma expressão ou manifestação mais dialética das nossas motivações, vitalidade e criatividade? Como lidar com a dualidade dos nossos limites e dos horizontes pessoais e coletivos? Como é que a viagem que nos está a inspirar pode ser concretizada de forma sustentável?

5 de Espadas

Vénus em Aquário | Ar Fixo

Esta carta serve de testemunho disso mesmo. Uma carta de Aquário, onde a Lua tem minguado: quando o sol se põe a luz ténue da Lua revela as montanhas que temos de ultrapassar, o desconforto emocional e a contração mental/social que o movimento em direção aos horizontes da carta anterior exigem. Há pensamentos que nos arrastam para baixo (3 espadas), mas outros (2 espadas) que ainda mantêm a força e elevam o raciocínio.

Esta é, afinal de contas, uma carta de Vénus e podemos contar com alguma beleza e harmonia, ou seja, com alguma justiça, que nos permite manter a fé de que seremos capazes de ultrapassar a cordilheira que encontramos no caminho. Poderá ser, então que a meio da semana, enfrentemos as consequências de uma luta interna e externa, da exteriorização de Marte da carta anterior e da necessidade de diferenciação de Aquário. A tensão entre a Lua em Aquário, o Sol em Touro e Marte em Leão simboliza um nó difícil de desatar entre diferentes necessidades: segurança versus liberdade, tradição versus inovação, estrutura versus empatia. Vénus conjunta a Saturno (regente de Aquário) em Peixes no dia 25 de Abril (em pleno Dia da Liberdade) oferece uma notas poéticas mas não expansivas: as fronteiras da intuição; os limites da empatia; a possibilidade de criar compromisso entre a empatia e a estrutura. Mas é um compromisso tenso que sem flexibilidade tende a partir. Saturno seca a humidade e de Vénus e potencia o surgimento de rachas na solidez estrutural.

O 5 de Espadas é um alerta: atenção às batalhas que escolhemos e às estratégias que adotamos na superação de desafios. Sendo uma carta de Ar e de Vénus, pode apontar para um momento em que saibamos pedir ajuda, aprendamos a ser flexíveis em estruturas mentais mais fixas e que reconheçamos que alimentar a nossa individualidade não tem de significar sermos solitáries. O 5 de Espadas é um alerta: atenção às batalhas que escolhemos, às estratégias que adotamos e aos utensílios de que nos socorremos. Espadas e palavras são recursos que nos permitem defender, mas também atacar. Este pode ser um momento em que temos de compreender se temos clareza acerca das nossas ações.

9 de Paus

Lua em Sagitário | Fogo Duplo

O Sol de novo, um sol que renasce e mostra que somos capazes de ultrapassar a cadeia montanhosa. Um momento de fruição, de culminação dos esforços e de capacidade de adaptação que nos prepara para a transição para uma nova etapa. É um momento de pausa e recuperação. O 9 de Paus lembra-nos que, mesmo ferides ou exaustes, conseguimos resistir e que a meta para a concretização dos nossos objetivos está próxima. A Lua Nova em Touro no dia 27 de Abril é o horizonte desta travessia: iniciamos um novo ciclo com raízes mais firmes, mais conscientes. Com o Sol no domicílio de Vénus, que se encontra dignificada em Peixes, talvez este seja o momento para finalmente integrar o prazer com a ação, o sonho com o pragmatismo.

Estamos a sair de uma fase de fricção e resistência para um novo território onde o compromisso com a realidade não precisa anular a esperança. Esta lunação aponta para um momento de estabilidade e prazer, mas exige também ação consciente, especialmente nas áreas dos mapas pessoais onde Touro e Balança se manifestam. Para já, é necessário recuperar as forças desta semana tão exigente.

A tiragem desta semana fez-me pensar em O Senhor dos Anéis.

  • Desde o impulso cardinal do início, a necessidade de reconhecer motivações (2 de Paus): como Frodo quando recebe o Anel em O Senhor dos Anéis, aceita um desafio que se torna o seu objetivo principal, mesmo que isso signifique abandonar o conhecido em direção ao desconhecido. Fá-lo sem certezas, mas com coragem e motivação, inspirado pela possibilidade de mudança e transformação das condições coletivas.

  • Passando pela lentidão e resistência face a dificuldades, a necessidade de enfrentar os conflitos mentais e sociais (5 de Espadas) que nos desafiam: como na travessia da montanha de neve (Caradhras), onde a própria natureza parece querer travar o avanço da Irmandade. Sente-se cansaço, desânimo e o medo, surgem as primeiras fraturas no grupo. O caminho exige desapego, resiliência e estabilidade mental.

  • Até à fruição resiliente do final, a necessidade de coragem e resistência nos propósitos para que vejamos o renascer o sol (9 de Paus): Frodo, sem forças, escala as encostas do Monte da Perdição com Sam a apoiá-lo. É a exaustão física e emocional que exige adaptabilidade e cuidado e que Frodo encontra no seu amigo e nos seus valores pessoais. A viagem ainda não terminou mas a meta é visível e a esperança de que ela será cruzada e dará lugar a um recomeço promissor alimenta a coragem e resistência de Frodo e de Sam.

Boa semana!

SØPHIA (Sandra)

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