Olá! Que tal? As vossas semanas têm sido boas?

As minhas têm sido uma montanha-russa. Mas o que esperar de uma época de eclipses, não é? Os eclipses marcam finalizações e começos, ciclos que dão lugar a outros e tem sido mesmo isso que tenho vivido e sentido. Vou falar um pouco sobre como isto tem acontecido na minha vida recente e, no final, encontram a lista de links desta semana.

O ciclo da minha vida que eu sinto (e sei) que está a terminar, ou pelo menos, a sofrer uma grande transformação é o da minha vida profissional. Apesar de não saber bem o que me espera, tenho a certeza que o caminho não será o mesmo. Já nos diz José Régio no seu “Cântico Negro”:

Não sei para onde vou

—Sei que não vou por aí!

Ora bem, é curioso porque os eclipses ocorreram nos eixos Peixes - Virgem (eclipse lunar - 18 Setembro) e Balança - Carneiro (eclipse solar - 2 Outubro). Peixes rege a minha casa 9 (casa da filosofia, da nossa mundivisão, da expansão de conhecimento e aprendizagens, da espiritualidade, das grandes viagens) onde tenho meu Meio Céu (o nosso propósito, as nossas aspirações, a nossa faceta pública, o nosso lado mais visível). Peixes é o signo oposto a Virgem, que rege a minha casa 3 (vizinhança, comunidade, família que escolhemos, comunicação, escrita, leitura…).

E Balança rege a minha casa 4 (o nosso lado mais privado, a nossa família, o nosso lar, a ancestralidade, as nossas fundações e onde procuramos segurança), onde tenho o meu Sol (a nossa vitalidade, a expressão mais consciente da nossa identidade). O signo oposto a Balança é Carneiro, que rege a minha casa 10 (as nossas ambições, a nossa carreira, aquilo pelo que somos conhecidos na esfera pública, a nossa reputação e legado.

Então, o que é que me aconteceu nesta época de eclipses? Entre outras coisas, fotografei o meu último casamento deste ano e decidi que ia tirar 1 ano sabático para me dedicar ao estudo e aprofundamento de conhecimentos (casa 9) em áreas que realmente me realizam (será desta que irei ler My Year of Rest and Relaxation, da Otessa Moshfegh?).

São decisões difíceis de tomar mas muito necessárias. Já há muito tempo que sinto que a minha profissão (casa 10) me está a fazer mais mal do que bem; que não me realiza nem corresponde aos meus propósitos e posições sobre o meu lugar no mundo (Meio Céu). Tenho sentido um chamamento gigante para viver mais em comunidade, para fazer parte da minha cidade (por causa do meu trabalho estou sempre em viagem e passo cá pouco tempo, ou o tempo que passo é exausta), e das comunidades afetivas e sociais de que faço parte: comunidades de leitura, de astrologia, tarot, de ativismo… (casa 3). Mas tudo isto assume contornos ainda mais importantes porque eu trabalho com o meu marido e eu nunca tive fronteiras bem estabelecidas entre trabalho e casa, profissão e família. Por isso, sinto que a minha dinâmica familiar (casa 4) também vai sofrer uma necessária transformação. O bom é que, como se vê na fotografia acima, estamos em sintonia e de bem com as decisões e riscos que estamos a tomar: em equipa, em família e com apoio, respeito e amor mútuos.

Entretanto, abracei 2 novos desafios que se alinham com tudo isto e nos quais estou a dar os primeiros passos:

1- Fui ao meu primeiro treino de Roller Derby 🛼 (desporto que escolhi porque me identifico com os valores e postura das Rocket Dolls, a equipa de Coimbra);

2 - Comecei o Curso de Astrologia Tradicional, da Academia de Estudos Astrológicos. É um curso de longa duração (2 anos), que me parece exigente, e leccionado por Luís Ribeiro, uma referência da Astrologia Tradicional.

Para além de tudo isto:

  • Comecei a ler Zami, de Audre Lorde. Como comecei no dia 1 de Outubro e o livro tem 31 capítulos decidi ler 1 capítulo por dia. Estou a adorar! Zami é uma “biomitografia” da autora e, neste momento, ainda me encontro na parte da infância, em Harlem (NY), durante a Grande Depressão. Como é fácil de adivinhar, não terá sido uma época nada fácil para uma família caribenha. A escrita de Lorde é excelente e a forma como está a entretecer biografia e reflexão acerca de si através da sua mitologia pessoal (em particular, a relação com a mãe) está a ser fantástica.

  • Comecei a ver 2 séries britânicas que estou a adorar:

    • Such Brave Girls: uma comédia negra familiar sobre as dinâmicas entre 2 irmãs jovem adultas e a mãe que pretende reorganizar a vida após o marido as ter deixado. É um humor algo duro (entre Fleabag e Nighty Night), coisa que aprecio bastante.

    • Slow Horses: sobre um departamento do MI5 para onde são enviados os agentes que caíram em desgraça nas suas carreiras. Estou a adorar. Em primeiro, porque se passa em Londres e não me canso de percorrer aquelas ruas com este grupo de agentes secretos outsiders; Em segundo, porque as representações são excelentes. Todas. Mas é um gosto especial ver o Gary Oldman (um eterno favorito) no pequeno ecrã, a representar uma personagem execrável, mas fascinante.

E vocês, o que é que têm lido e visto?

Algum artigo, texto, vídeo que recomendam? Contem-me tudo!

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