Olá! Espero que as vossas semanas vos tenham tratado bem. As minhas, assim que, coiso, mais ou menos… Enquanto a Lua crescia fui brindada com imensa energia: fui capaz de socializar e de criar coisas MUITO importantes para mim (eu serei imensamente grata a quem quiser/puder apoiar-me nesta fase de transformação radical em que, literalmente, “Não sei para onde vou —Sei que não vou por aí!” José Régio. Estou a tentar recomeçar uma vida em que eu consiga funcionar e a tentar confiar no futuro).
Mas assim que a Lua ficou cheia lá fui eu, feita Perséfone, em direcção ao submundo. Estou a tentar regressar à superfície, mas, entretanto, vou partilhar as coisas boas que foram acontecendo. Partilhem as vossas coisas boas comigo!

Comecei a ler 2 livros dos quais estou a gostar muito! Um é The Return of the King, a última parte de The Lord of the Rings, de Tolkien. Esta leitura vai marcar o final do 1º ano da iniciativa #1anonaterramédia. Mas eu estou a planear dar continuidade a esta iniciativa em 2025, com a continuação da leitura de The Hobbit e The Lord of the Rings, e com o início da leitura de The Silmarillion e livros de não-ficção sobre LOTR. Por isso, se quiserem ler algum destes livros; se tiverem interesse acerca da Terra Média e quiserem fazer leituras conjuntas e partilhar opiniões, juntem-se ao grupo do Discord (anda um pouco calminho, mas conto começar a dinamizar mais em janeiro!)
O outro livro que comecei a ler foi Empúsio, de Olga Tokarczuk, para o De Morrer a Ler. Estou a gostar muito da viagem à Silésia dos inícios do século XX e de me irritar profundamente com o pensamento machista e patriarcal que domina um grupo de homens doente que se encontram num “retiro” de saúde para se curarem da ‘tísica’. Tenho a impressão que a crítica ao pensamento do último século, e deste, vai ser incisiva. Não espero menos de Olga Tokarczuk!
Chegaram muitos livros cá a casa! Uns oferecidos, outros em segunda mão, todos para alimentar um projecto de leitura e de pesquisa que quero muito desenvolver sobre as representações do misticismo, Tarot e Astrologia na Literatura. Tudo isto está muito mais presente do que imaginamos ;) A pilha é a da foto acima e conto fazer um Book Haul e vídeos sobre estas representações no meu canal de Youtube, nos próximos tempos.
Como disse criei o meu Patreon, que considero o primeiro passo do resto da minha vida. Aprendi nos últimos anos que a minha saúde mental não me permite levar a vida que levei até agora. Vi-me obrigada a parar repentina e seriamente. Mas eu não consigo parar, parar… até porque o medo de não estar a ganhar dinheiro é real e gigante. Mas não posso continuar no mesmo caminho auto-destrutivo e estou a investir aos poucos, com calma e compaixão num futuro onde eu consiga ser mentalmente saudável. Acredito que isso passa pelas práticas de Tarot e Astrologia. E, enquanto construo algo mais sólido durante os próximos tempo e conforme a minha saúde mental permitir, convido-vos a subscreverem o meu Patreon onde partilho reflexões e serviços exclusivos e personalizados. Lá, encontram informações sobre os trânsitos astrológicos, taróscopos e horóscopos. Sempre que puder partilharei outros conteúdos exclusivos. Podem apoiar com 3€, 5€, 10€, ou 20€ mensais (o que dá acesso a diferentes ofertas e serviços). Também podem oferecer subscrições a outras pessoas que conheçam (a época da troca de prendas está aí a chegar!), basta seguir este link. Vou continuar, sempre que puder e conseguir, a partilhar conteúdos de livre acesso aqui e no Youtube!Mas eu fiz contas e se cada pessoa que subscreve esta newsletter subscrevesse o meu Patreon (o valor equivalente a menos de 2 cafés por semana), eu conseguia alguma estabilidade financeira que me permitiria dedicar-me exclusivamente à Literatura, Tarot e Astrologia e oferecer-vos muitos mais conteúdos e serviços para todes vós!
A minha equipa de Roller Derby tem sido um bálsamo e das melhores coisas que me aconteceram nos últimos tempos. Nas últimas semanas tivemos vários encontros: desde baby shower; passeios pela baixa de Coimbra para ver as iluminações; jantaradas com direito a castanhas assadas e os melhores biscoitos do universo e a assistir a jogos de Roller Derby em grupo. TÃO BOM!!
Vi, finalmente, o filme Nope. Adorei a primeira parte. Não gostei nada da segunda. As representações são excelentes. É tudo o que me apraz dizer.Como têm sido as vossas semanas?Leave a commentFiz uma tiragem de tarot para quem ler este Newsletter. E foi com um sorriso com contemplei as cartas que saíram (o round-up de Links segue abaixo).

O 3 de Pentáculos fala-nos sobre construção enquanto colaboração, ou seja co-criação. O número 3 é um número que nos fala de integração, da unidade (1) com a alteridade (2). Estamos, assim, no plano da pluralidade e da diversidade, mas também da criatividade que só é possível quando nos abrimos às possibilidade de transformação que as relações materializam: entre nós e nós; entre nós e outras pessoas; entre o conhecido e o desconhecido; o consciente e o subconsciente… Esta capacidade criadora, harmoniosa, é aqui da ordem do material e do terreno. Pentáculos é o naipe que corresponde ao elemento Terra, às nossas experiências materiais, físicas e sensoriais. À integração do espírito e da matéria; do físico e do metafísico e, por isso, do estabelecimento de fundações, estruturas e sistemas que nos fazem sentir enraízades, segures e estáveis. O 3 de Pentáculos propõe que entendamos esta estabilidade como disponibilidade para a vulnerabilidade: ao oferecermos propostas de modos de fazer, pensar e agir estamos a permitir que a nossa perspectiva seja questionada, mas, acima de tudo, que através da partilha de vulnerabilidades, surja uma realidade mais rica, sustentável e segura. A flexibilidade dá resistência e durabilidade às estruturas (até as pontes são flexíveis) e a diversidade (3) distribui as forças de forma equalitária minimizando as tensões. Esta é uma carta que nos pode inspirar a reconstruir os nossos templos: o planeta Terra, as nossas relações e a relação connosco própries.
É, precisamente dessa possibilidade de vulnerabilidade que surge A Força. Esta é uma carta que nos fala acerca do que é a coragem e para que serve a coragem. A Força parece dizer-nos que a nossa coragem reside na capacidade de tomar consciência, enfrentar e relacionarmo-nos com aquilo que consideramos ameaçador. Acercarmo-nos das nossas ansiedades exige muita compaixão e graciosidade, é um trabalho delicado mas que nos sentimos tão mais aptes a levar a cabo quanto maior o apoio nos permitimos receber no 3 de Pentáculos. A coragem é importante para vivermos de forma respeitosa e harmoniosa com a diferença, com o que não temos capacidade de compreender totalmente. Não faz mal, o mundo não tem de existir à nossa imagem e não temos de compreender tudo (é impossível, de qualquer forma). Mas A Força sugere que a empatia pode ser uma chave para a infinitude da atualização da nosso espírito e vontade. A Força enquanto força de vontade, energia e inspiração, que se renova infinitamente na relação com o que é para nós desconhecido, por vezes temido, com a alteridade.
E é com possibilidades de infinito (o símbolo da lemniscata) no nosso olhar que regressamos a nós própries; ao número 1; a uma nova jornada, a uma nova hipótese de fazermos magia. A carta A Maga coloca à nossa disposição todos os recursos, elementos e utensílios que necessitamos para percorrer o caminho a que nos propomos, seja ele de que natureza for (emocional, intelectual, material, espiritual…). Estamos prontes para receber estes presentes e transformar, alquimizar, integrar as experiências com a alteridade das cartas anteriores. Este é um convite e um desafio para desbravarmos novos caminhos: em comunidade e com coragem.
Vamos lá!
LINKS
Eu nem sei se o filme já estreou, mas eu gostei muito do livro Small Things Like These, de Claire Keegan. Este guia para um clube de leitura é muito bom!E ainda inclui bibliografia e uma lista de links relevantes.
A Lua é uma companheira constante em Lord of the Rings. Contudo, as fases da lua no livro nem sempre correspondem às do mundo real. Este artigo é muito interessante e inclui uma lista de referências à Lua na obra (não inclui as suas referências de ordem poética ou estética, que são sempre maravilhosas!)
Como fã do filme Nosferatu, de 1022, de F. W. Murnau, eu estou muito entusiasmada com o remake do filme por Robert Eggers. Enquanto este não estreia, podemos sempre ver, ou rever, o orignal.
Algum artigo, texto, vídeo que recomendam? Contem-me tudo!
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