Olá! A Lua Cheia em Carneiro acontece já, já e eu nem era para escrever porque queria tirar o mês de Outubro para descansar. Acontece que algo que esta lunação está a iluminar é a minha própria ideia de descanso. E como boa Lua em Carneiro também iluminou os meus ímpetos, particularmente, ao nível da minha expressão pública (Carneiro na minha casa 10). Então, enquanto ia fazendo apontamentos pessoais sobre a Lua de hoje, a vontade de publicar as minhas impressões ia aumentando. Aqui estão elas, quase em bruto, sem grande edição (perdoem-me desde já ‘typos’ e afins… a minha ansiedade e PHDA dificultam muito a prevenção desses lapsos).
Lua Cheia em Carneiro
Hoje é dia de Lua Cheia e estas foram algumas reflexões que me surgiram:
Acontece às 12:26 de Portugal, aos 24º35, no 3º decanato de Balança: Júpiter em Balança (4 de Espadas).
Este decanato1 é o do descanso, da pausa, da suspensão da ação. Porque Júpiter em Balança é contemplação, ponderação e procura de equilíbrio ao máximo (Júpiter expande as características de Balança). É uma altura de Alquimização e Aceitação das consequências das nossas ações e até daquilo que nos ultrapassa (as cartas Temperança e Roda da Justiça, correspondentes a Júpiter), o que nos vai possibilitar uma postura mais equilibrada, justa e objetiva sobre nós e o mundo que nos rodeia (carta da Justiça, correspondente a Balança).

Vejo o descanso do 4 de Espadas como uma viagem (Júpiter) interior pela nossa mente (Balança - Ar), uma pausa que permite libertarmo-nos (Júpiter) dos pensamentos intrusivos e indecisões (Balança). A justiça (para connosco próprias - saber dizer não, não me vou comprometer com o mundo exterior, aderir ao ‘grind mindset’ e vou parar) exige um certo nível de confiança na Roda da Fortuna. Tal como uma Lua Cheia é um momento culminação, também Júpiter em Balança, o 4 de Espadas nos fala sobre isso mesmo, o que alcançámos está alcançado. Ainda há caminho a percorrer mas o que se segue é o processo de reflexão, ponderação e transformação (a Lua que começará a decrescer, a perder luminosidade e a conduzir-nos para a interioridade; e o 5 no Tarot, em que vamos lidar com as consequências das ações inspiradas pela Lua Crescente. Também o descanso é necessário para encarar o nosso lado mais profundo e os momentos 5).

E esta Lua Cheia em Carneiro, embora seja uma lunação de Fogo, virada para a exterioridade, para a ação, para a impetuosidade, parece apontar exatamente para um momento de pausa e reflexão:
Temos 4 planetas e 1 asteroide em retrogradação (Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno e Quíron) e a maioria nos últimos graus dos signos - Reflexão, revisão, finalização.
A Lua Cheia acontece na casa 5 (criatividade, sexualidade, auto-expressão e expressão artística…) e o regente desta lunação é Marte que se encontra em Caranguejo, domicílio da Lua, mas onde Marte tem dificuldade em se expressar, está em queda (precisa de recuperar e descansar haha). Mas está na casa 8 (relações profundas e íntimas, misteriosas, casa dos tabus, da ideia de mortalidade…): é a queda do guerreiro (Marte - fogo como Carneiro) que se deixa cair ou mantém a luta em espaços íntimos e pouco visíveis e que questionam a sua ideia ou sensação de segurança e mortalidade, por exemplo, enquanto ancestralidade e legado (Caranguejo, casa 8 das heranças e o 4 de Espadas). Ele não consegue fazer muito aqui, neste território de águas profundas (Fogo e Água não são os melhores parceiros).
Para acentuar este estado do regente desta lunação, a Lua e o Sol estão a fazer uma quadratura a Marte: tensão, desafio e necessidade de resolução (como os 5 no Tarot). O Sol em Balança encontra-se na casa 11 (parcerias, comunidade, organizações…), o que faz com que a tensão da quadratura com Marte reflita a natureza da própria lunação: a oposição entre a Lua e o Sol, no eixo Carneiro-Balança, o eixo da individualidade e da relação com a alteridade, da expressão da identidade própria e coletiva, e das relações connosco próprias e com as outras pessoas).

Vénus rege Balança e encontra-se nos últimos graus de Escorpião, na casa 12 (sublinhando a temática da “morte”, transformação e temas de casa 8 e do 4 de Espadas), e está a trinar Marte, ajudando-o na recuperação da queda e “letting go” dos pesos que dificultam a continuação da viagem.
O Sol está a trinar e a iluminar Júpiter retrógrado em Gémeos, na casa 7, precisamente, das pessoas que atraímos, ou por quem somo atraídas, e da forma como nos relacionamos, e Gémeos, sendo um signo de Ar também sublinha esta questão das relações, sociabilização e comunicação. “Food for thought” nesta lunação, tanto mais que Júpiter se encontra oposto (tensão, confusão, conflito de interesses) ao Ascendente e regente desta lunação, que é o próprio Júpiter porque o Ascendente é Sagitário.
Esta Lua Cheia em Carneiro marca o culminar de tensões entre expansão e contração; interioridade e exterioridade; relações connosco próprias e as outras pessoas; dinamismo e imobilidade; ímpeto de ação e necessidade de descanso.
É um convite para aceitarmos a necessidade da pausa, da reflexão e da quietude. São elas que nos vão dar forças e energias para continuar o caminho que se segue. E vamos precisar porque ele parece ser muito entusiasmante: logo a seguir à Lua Cheia, às 20h28, Vénus entra em Sagitário para nos inspirar a viver e a nos relacionarmos de forma intensa, dinâmica e sem limites. Vénus vai levar-nos a explorar novos horizontes, locais (físicos ou mentais) longínquos onde espera alcançar conhecimento e encontrar verdades desconhecidas. Para não nos perdermos nem perdermos a energia nesta exploração, talvez não seja má ideia aceitar o convite desta Lua Cheia: descanso e reflexão.
Um pensamento final: Algo que tenho aprendido com um estado de exaustão prolongada e stress crónico (a.k.a. Burnout) e enquanto pessoa com PHDA, com transtorno de ansiedade generalizada e síndrome do pânico, é que parar e descansar não quer dizer necessariamente imobilização e pausa total. No meu caso, esse tipo de descanso causa-me, muitas vezes, ansiedade e acabo por ficar ainda mais exausta. Para mim, parar e descansar significa, outras tantas vezes, dedicar-me a atividades que me dão prazer, satisfação e alimentam a minha curiosidade e desejo de conhecimento. Como por exemplo, escrever esta Newsletter. Foi uma forma de relaxar e me sentir bem porque me permitiu desligar das obrigações e expetativas que eu própria tinha do que é um dia e horários de trabalho (eu tenho o imenso privilégio de trabalhar por conta própria, eu sei que muitas pessoas não têm esta possibilidade). A minha mente descontraiu porque se sentiu nutrida e recebeu uma bela dose de dopamina.
Como em tudo na vida, não há apenas 1 forma certa de fazer as coisas nem de viver a vida. “YOU DO YOU!”

The 4 of Swords eventually found his sanctuary: a cluttered workspace where his favorite tools frame his chaos. He asks you to find peace in your search for stability. How do you recharge the heart after it has long suffered? How do you separate your healing from the healing of the outside world while staying aware? The 4 of Swords reminds us to recuperate in times of burnout, post-traumatic stress, flares of chronic pain, and the undercurrents of survival that challenge our power. Now is the time to find power in isolation. The 4 of Swords asks you to learn growth, learn accountability, and learn self-care. - Next World Tarot Guidebook.
Por falar em atividades que nos fazem sentir em paz e estabilidade (o Tarot a Astrologia são isso mesmo para mim), relembro as Leituras de Tarot de Halloween que estou a oferecer.
Se gostavas de fazer uma leitura de Tarot comigo; nunca fizeste uma leitura de Tarot e tens curiosidade; ou queres celebrar o Halloween com o Tarot, pode ser um boa experiência. Falo sobre as Leituras de Tarot de Halloween nesta publicação.
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